Conferência Eleitoral do PSOL define Lula para presidente

Conforme decisão das bases do PSOL, o Congresso do partido, realizado em setembro de 2021, indicou a realização de uma Conferência Eleitoral para decidir a tática eleitoral para as eleições deste ano.

A Conferência Eleitoral, formada pelo Diretório Nacional do PSOL, se reuniu no dia 30 de abril no hotel Monreale Plus Excelsior na Avenida Ipiranga, São Paulo.

Coordenada por Juliano Medeiros, presidente nacional do PSOL, a Conferência, em primeiro lugar, debateu e  aprovou o Programa do PSOL que vai orientar todos os candidatos e candidatas do partido para as eleições deste ando.

Em seguida, discutiu-se o PSOL apoiaria Lula já no primeiro turno ou se lançaria candidato próprio.

Para derrotar Bolsonaro e para reconquistar a esperança de ser feliz, a maioria da Conferência votou pelo apoio a Lula, já no primeiro turno, apesar de Geraldo Alckmin.

Diz um trecho da resolução aprovada: “Mas para vencer Bolsonaro é preciso unir forças. As pesquisas recentes demonstram os efeitos da age

nda eleitoreira do governo. A diferença entre Lula e Bolsonaro caiu em todas as faixas de renda e regiões do país. Quem acredita que a eleição está resolvida, está enganado. O risco de um segundo governo Bolsonaro é real, o que representaria uma ameaça sem precedentes às conquistas sociais e às liberdades democráticas

Consulte o Link para para detalhes.

https://psol50.org.br/psol-oficializa-apoio-a-pre-candidatura-de-lula-a-presidencia-da-republica/

Também ficaram indicados 12 pontos programáticos para Lula implantar em seu governo. Confira:

1 – Revogação das medidas implementadas após o golpe de 2016 – Revogação da reforma trabalhista e construção de políticas que protejam trabalhadores, recomponham direitos, fortaleçam a negociação coletiva e a representação sindical e promovam especial atenção aos trabalhadores informais e de aplicativos. Revogação do teto de gastos e necessidade de um novo marco fiscal. Reconstruir órgãos estratégicos como Ibama, Funai, dentre outros.

2 – Enfrentamento à crise climática – Construir uma proposta de financiamento de transição energética e um novo modelo de desenvolvimento da Amazônia. Desmatamento zero. Respeito à natureza e garantia de direitos a povos indígenas, tradicionais e quilombolas. Construir um marco de ciência e tecnologia para pesquisa e desenvolvimento de novas matrizes energéticas, que inclua empresas públicas como a Petrobras e a Eletrobras. Criação do BNDES-Sustentável, da Universidade do Clima e da Universidade dos saberes tradicionais.

3 – Reforma Tributária em que os pobres paguem menos e os ricos paguem mais – Reforma tributária justa, solidária e sustentável em que os pobres paguem menos e os ricos paguem mais. Construir um amplo e robusto programa de transferência de renda para reduzir desigualdades no Brasil.

4 – Democracia direta, participação popular, transparência de gestão e combate à corrupção – Democracia direta, participação popular, transparência de gestão e combate à corrupção: recuperar conselhos, conferências e criar novos mecanismos de participação. A transparência e a participação são também formas de enfrentar a corrupção na gestão pública.

5 – Aumento real do salário mínimo – Recomposição da renda de trabalhadores, aposentados e pensionistas. Políticas para reduzir a jornada de trabalho sem reduzir salários, com isso promovendo a criação de novos empregos. Avançar na agenda de economia do cuidado e reconhecimento e valorização do trabalho doméstico.

6 – Retomada do controle público da Petrobras – Interromper medidas de privatização da empresa, promoção de uma política energética voltada à soberania nacional e mudança da atual política de preços dos combustíveis.

7 – Mais dinheiro para promover direitos sociais – Mais dinheiro para promover direitos sociais e políticas públicas: recomposição do orçamento para áreas como saúde, educação, habitação, cultura, mobilidade, entre outras.

8 – Reforma agrária agroecológica e reforma urbana já! – Desenvolvimento de um novo modelo de ocupação e uso da terra urbana e rural, centrado na reforma agrária agroecológica, com políticas de abastecimento e fortalecimento da CONAB para combater a fome, promover a alimentação de qualidade, alcançar soberania alimentar e fortalecer a luta por moradia com políticas de estímulo à reforma urbana.

9 – Democratização da comunicação – Democratização da comunicação fomentando o acesso à informação, a comunicação comunitária, a expansão do acesso à internet de forma pública e gratuita para quem precisa e enfrentando os novos desafios impostos pelas big techs e empresas de aplicativos.

10 – Mais direitos para as mulheres –  Políticas Públicas para as Mulheres: Criação do Ministério de Políticas para as Mulheres. Realização de políticas públicas que garantam proteção à vida e o combate ao machismo e ao sexismo, afirmem o protagonismo das mulheres no novo ciclo de desenvolvimento econômico e social brasileiro promovendo a sua autonomia econômica, a igualdade de oportunidades e de tratamento no mundo do trabalho e no acesso aos direitos universais. Fortalecimento da rede de proteção e combate à violência contra a mulher e das ações que garantam o exercício dos direitos sexuais e reprodutivos.

11 – Combate à violência policial e ao super-encarceramento da população negra – Políticas Públicas de Igualdade Racial: Criação do Ministério de Igualdade Racial. Realização de políticas públicas de igualdade racial e de combate ao racismo que garantam ações afirmativas para a população negra e o seu desenvolvimento integral nas mais diversas áreas: saúde, educação, economia, emprego e renda – promovendo a equidade salarial – assistência social, entre outras.  Políticas que combatam as violências: policial, contra as mulheres negras, a juventude negra e os povos e comunidades tradicionais de matriz africana e de terreiro, enfrentem o genocídio e o superencarceramento da juventude negra e garantam a continuidade da Lei 12.711/12, Lei de Cotas nas Instituições Federais de Ensino Superior e da Lei 12.990/14, Cotas Raciais nos Concursos Públicos Federais.

12 – Políticas contra a LGBTIfobia – Políticas Públicas de Promoção dos Direitos da População LGBTQUIA+: Realização de políticas públicas de combate à LGBTQUIA+fobia, à discriminação, violência, criminalização e falta de oportunidades para a comunidade LGBTQIA+. Políticas que garantam o direito à saúde integral da população LGBTQIA+, a inclusão e perma

nência na educação, no ensino superior e no mercado de trabalho e que reconheçam o direito das identidades de gênero e suas expressões.

Agora, é arregaçar as mangas, botar o bloco na ruas e ganhar votos para derrotar Bolsonaro.

Todos juntos contra Bolsonaro.

Veja o vídeo da votação em favor da indicação de Lula para presidente.