Caio Cunha desmonta a educação de Mogi

Em 2020, após grande pressão da sociedade civil e de ativistas pela educação, foi aprovado o Novo FUNDEB que garante um aumento de 13% nas verbas destinadas exclusivamente à educação básica, através de repasses da união aos estados e aos municípios.

Entretanto, em Mogi das Cruzes, essa vitória não pode ser comemorada, pois, na gestão Caio Cunha, educação não é prioridade: mesmo havendo mais dinheiro, teremos mais cortes!

A Secretaria Municipal de Educação tem trabalhado, incansavelmente, para reduzir a quantidade de salas abertas em 2023, unindo várias classes em uma só sala. Na prática, se antes havia duas turmas com 15 alunos em cada, agora haverá somente uma com capacidade máxima; ou seja, salas superlotadas, ao lado de outras vazias.

Isso vai dificultar, ainda mais, o trabalho dos profissionais do magistério que terão que se desdobrar para atender a individualidade de cada criança, conforme diretrizes pedagógicas do município e da união, aumentando a pressão e stress sob as professoras e sob os professores.

Além disso, a superlotação das salas vai prejudicar em muito o rendimento pedagógico das crianças, pois, com muito mais gente dentro da sala, a normatização dos saberes do alunato – muito defasado por causa da pandemia do COVID 19, com certeza, vai haver um significativo retardamento. Isso é muito preocupante, principalmente no momento em que o IDEB (índice de Desenvolvimento da Educação Básica) anunciou redução na nota da Escola Pública Municipal de nossa cidade.

Lamentável.

Uma mudança como essa feita sem nenhum diálogo com a comunidade escolar, não tem como dar certo. Por fora dos muros escolares, o fechamento de turmas também vai afetar os responsáveis por esses estudantes que, devido ao fechamento de salas, terão suas crianças transferidas de turno. Muitos desses responsáveis adaptam seus horários de trabalho com o período que o seu filho fica na escola. Com a mudança de horário de estudo de seus filhos e filhas, a rotina desses pais vai ser alterada.

E não é só isso, a precarização continua…

Como se não bastasse toda essa perversidade, a Secretaria Municipal de Educação pretende ampliar o número das classes multisseriadas; isto é, numa mesma sala, serão alocados alunos e alunas de séries, idades e níveis de aprendizagem diferentes.

Esta prática de ensino obsoleta, é comum em regiões rurais e ribeirinhas, onde existem déficit de professores Em uma cidade do tamanho Mogi, cujo orçamento ultrapassa dois bilhões de reais, classes multisseriadas é um absurdo.

Mais investimentos, menos publicidade

O prefeito Caio Cunha assinou, em junho de 2022, um Memorando de Entendimento com o governo da Finlândia sobre cooperação na educação. Infelizmente o prefeito não aprendeu a “lição de casa” com este país que é referência mundial na área educacional.

Lá, a média alunos por professor é de apenas 14. Aqui, é quanto couber na sala.

Pergunta que não quer calar: como transformar o Brasil a partir de Mogi, com o sucateamento da educação?