Maio, 5/25. A manipulação da fala se assemelha à lenda da mula sem cabeça: corre sem rumo, espalhando fogo e desinformação.
“Ela só leu o que estava ali” – A palavra, o corte e a verdade.
Na sessão do dia 30 de maio de 2025, na Câmara Municipal de Mogi das Cruzes, a vereadora Inês Paz ocupava o lugar de secretária da mesa diretora. Como prevê o regimento, sua função naquele momento era a de ler as proposituras que seriam apreciadas pela casa legislativa, incluindo moções, indicações e requerimentos de diversos parlamentares.
Entre essas proposituras, havia uma moção de apoio à implantação de escolas cívico-militares, apresentada por outro vereador. Inês, como secretária, fez a leitura do texto — como é sua obrigação institucional.
Mas depois, nas redes sociais, a fala de Inês foi recortada, retirada de contexto e usada como se fosse uma declaração pessoal de apoio à moção. O vídeo, editado de forma maliciosa, sugere que a vereadora defende algo que sempre combateu com firmeza: a militarização da educação.
A tentativa de silenciar por falsificação
Esse tipo de corte não é ingênuo.
É uma estratégia política: tentar calar quem pensa diferente, colocando palavras em sua boca.
É apagar a história, colar um rótulo falso e tentar confundir o povo.
Mas Inês Paz não é qualquer vereadora.
É educadora com décadas de luta pela escola pública, uma referência nacional no campo da educação democrática e dos direitos sociais. Seu mandato nunca se escondeu: é crítico, combativo e fiel ao seu compromisso com o povo.
A política não pode ser feita com mentira
Recortar uma leitura formal e usar como apoio pessoal é, no mínimo, desonestidade discursiva.
Na prática, é um desrespeito à inteligência das pessoas e uma tentativa de manipular o debate público.
Quem assistiu à sessão inteira sabe: Inês apenas cumpriu sua função regimental. Não manifestou apoio, não votou favoravelmente, não endossou a moção.
Ela apenas leu o que estava ali.
A manipulação da fala se assemelha à lenda da mula sem cabeça: corre sem rumo, espalhando fogo e desinformação.
A palavra verdadeira não se apaga com edição
O mandato popular de Inês Paz segue de pé. E segue com a mesma coerência de sempre:
- Em defesa da escola pública,
- Contra a militarização da vida escolar,
- A favor da participação popular e do diálogo como caminho para transformar a cidade.
A tentativa de distorcer sua fala revela, na verdade, o medo que certos setores têm da força da verdade, da coerência e da palavra honesta.
A resposta virá, como sempre, do povo
Quem tenta silenciar com mentira, uma hora tropeça na própria edição.
Mas quem fala com o coração limpo, com a história nas costas e com o povo ao lado, não tem o que temer.
A verdade tem corpo, memória e direção. E segue com Inês Paz.
Rosenil Barros Orfão – maio 06, 2025