30 de Maio. “O que está em jogo não é apenas o número de dias trabalhados — é o sentido da nossa existência, o direito ao convívio, ao descanso, ao tempo livre de verdade. À presença no lar, na rua, na roda de conversa, na luta.” Rosenil Barros Orfão
Maio chega ao fim. Mas o que ele plantou em nós continua florescendo.
É o mês em que o povo trabalhador do mundo inteiro levanta a cabeça e lembra: não nascemos para obedecer em silêncio, mas para transformar a vida com as próprias mãos — e com o próprio tempo.
Desde as greves de Chicago em 1886 até as mobilizações de hoje, uma bandeira segue tremulando: trabalhar para viver, e não viver para trabalhar. E é com esse sopro de memória e esperança que encerramos maio — com o coração apontando para o que virá.
A luta contra o regime 6×1 — essa engrenagem perversa de seis dias de trabalho para um de descanso — entra agora numa nova fase: a construção de um plebiscito nacional, popular, participativo. Vamos consultar o povo. Vamos escutar os trabalhadores. Vamos fazer a pergunta que muitos não ousam fazer: você concorda com uma jornada que rouba seu tempo de viver?
A vida não pode caber só no trabalho
O regime 6×1 se espalhou como praga em nome da eficiência. Mas quem o vive sabe: não há produtividade que justifique a exaustão, a ausência, o silêncio dos domingos arrancados.
O que está em jogo não é apenas o número de dias trabalhados — é o sentido da nossa existência, o direito ao convívio, ao descanso, ao tempo livre de verdade. À presença no lar, na rua, na roda de conversa, na luta.
É hora de dizer o óbvio que tentam esconder: trabalhador é gente. E gente precisa de tempo para ser.
O futuro começa agora
Encerramos maio com força renovada. A luta que brotou das ruas, das praças, dos turnos noturnos e dos corredores de supermercado, agora se transforma em campanha popular por escuta e decisão coletiva.
Vamos organizar comitês, rodas de conversa, mutirões de escuta. Vamos fazer da pergunta sobre a jornada um gesto pedagógico, político e coletivo. Vamos popularizar a ideia de que o tempo do povo não está à venda.
Trinta e um de maio: fim de mês, começo de futuro
Maio termina. Mas quem luta nunca está em ponto final.
Quem luta vive em vírgula — em travessia, em recomeço, em construção.
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Vamos juntos espalhar a ideia de que outro tempo é possível —
e ele começa com a gente dizendo: 6×1, não!
Participe do Plebiscito Popular contra o 6×1!
Organize um comitê, monte uma urna simbólica, convoque sua escola, seu sindicato, sua igreja, sua comunidade.
Porque o tempo do povo é sagrado — e não pode mais ser roubado.